sexta-feira, 9 de agosto de 2013

HORA DA LEITURA


 
PROJETO BIBLIOTECA ITINERANTE:
APRENDIZAGEM CONSTANTE


 
ELABORADO PELA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E EQUIPE DOCENTE DA ESCOLA MUNICIPAL CONSULESA MARGARIDA MAKSOUD TRAD DO MUNICIPIO DE CAMPO GRANDE - MS 
 

APRESENTAÇÃO  
Este projeto busca por meio de um trabalho conjunto, participativo e comprometido em ajudar a comunidade escolar a desenvolver o gosto pela leitura, possibilitando que estes se tornem leitores reflexivos, críticos e atuante na sociedade em que se encontram inserido.

O projeto será desenvolvido pelos professores, bibliotecários e coordenadores tendo como público alvo os alunos do pré aos 5º anos da escola Consulesa M. M. Trad, partindo da importância da alfabetização com a literatura na infância e da contribuição que esse trabalho traz para a aquisição da leitura e da escrita. A leitura é essencial para o exercício da cidadania plena e a biblioteca itinerante contribui para a formação de leitores a medida que permite o acesso a informação, ampliando os horizontes do conhecimento.

Neste trabalho os educadores incentivarão o manuseio de livros de diferentes gêneros textuais e o convívio com diferentes portadores de textos, para melhor compreensão do uso social.

JUSTIFICATIVA 
Esse projeto foi criado partindo da necessidade que a escola tem em resgatar o valor da leitura, sendo a leitura uma janela para o mundo, justifica-se um trabalho cada vez mais crescente, contínuo e permanente em toda a sua diversidade.

A leitura é um instrumento valioso para a apropriação de conhecimentos relativos ao mundo exterior. Ela amplia e aprimora o vocabulário e contribui para o desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo, pois possibilita o contato com diferentes ideias e experiências.

Por meio da leitura o ser humano consegue se transportar para o desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida ao sabor da existência. Pode então, vivenciar experiências que propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem.

O ato de alfabetizar por meio da literatura torna as aulas mais atrativas, interessantes e dinâmicas. Valoriza a língua como veículo de comunicação e expressão das pessoas e dos povos, abrangendo o desenvolvimento das diversas linguagens, tais como, a visual, oral e escrita.

Estimulando a leitura, faremos com que os alunos, compreendam melhor o que estão aprendendo na escola entregando a eles um horizonte novo.

Sendo assim, é obrigação da escola desenvolver o gosto e o prazer pela leitura, tornando os estudantes capazes de compreender diferentes gêneros textuais que circulam na sociedade, contribuindo para a sua inclusão e interação na sociedade. 

2.1 OBJETIVOS GERAIS

Proporcionar ao aluno o contato com a literatura de forma lúdica, criativa e prazerosa, atuando na construção do conhecimento, estimulando a imaginação, reflexão e ao mesmo tempo constituir conceitos e valores necessários para sua estruturação enquanto sujeitos leitores.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·           Oferecer oportunidades de vivência destinadas ao uso da informação voltada ao conhecimento, a compreensão, imaginação e ao entretenimento.

·           Inserir práticas constantes de leitura oral, resgatando tanto a oralidade da linguagem literária como a escuta atenta, favorecendo o sonhar e o imaginar de um enredo constituído somente de palavras.

·           Ampliar o vocabulário.

·           Ler no sentido de interpretar, observar, descobrir e refletir.

3  METODOLOGIA

Para alcançar os objetivos propostos, foram sistematizadas diversas atividades com diferentes metodologias que serão apresentadas a seguir:

·           Construção de dois carrinhos, caixas pedagógicas e porta livros em TNT para transporte dos livros.

·           Confecção de avental de história.

·           Biblioteca Itinerante: as turmas terão à sua disposição, de acordo com o cronograma,  um  “Momento de Leitura”, para estimular  o hábito de ler como um momento prazeroso e que amplia o conhecimento. Nesse momento, a professora responsável pela biblioteca assume o papel de mediadora, colocando os livros ao alcance dos alunos.

·           Hora do Conto: as turmas do pré I ao quinto ano  do,  participam da atividade de contação de histórias bimestralmente, com quarenta minutos, no espaço do palco ou na sala de tecnologia, onde os alunos acomodam-se com expectativa em relação à história do dia. O livro é sempre o enfoque principal, mostrando ao aluno que ele está disponível no acervo podendo assim, voltar a ele quantas vezes quiser.

A história é narrada por um professor ou a bibliotecária, num clima de envolvimento e encantamento, criando intervalos, respeitando o tempo para que os alunos construam mentalmente seu próprio cenário, caracterizando, a partir de suas vivências pessoais, os personagens.

 Em alguns momentos as histórias são interativas com a participação dos ouvintes e noutros são apresentadas através de técnicas variadas como data show, avental história.

4- RECURSOS:

Livros, fantoches, marionetes, dedoches, caixas pedagógicas, carrinhos de leitura, avental, porta livro, tnt, papeis coloridos, E.V.A, fita adesiva, som, cola quente, tinta, tapete, palco, microfone, velcro , Data Show e almofadas.

5- CRONOGRAMA:

Atividades
Período
Duração
Biblioteca Itinerante
 
Terça e Quarta- Feira
20 minutos
Hora do Conto
 
 
Última Sexta - Feira do mês
Matutino:
·         29/05-
·         28/06-
·         28/06-
·         26/07-
·         30/08-
·         27/09-
·         25/10-
Vespertino:
·         29/05-
·         28/06-
·         26/07-
·         30/08-
·         27/09-
·         25/10-
 
40 minutos
Culminância
 
 
14/11/2013 -Quinta- Feira
2 Horas

 

6- CULMINÂNCIA:

            A Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, realizará no dia 14 de novembro de 2013, a culminância do Projeto: Biblioteca Itinerante Aprendizagem Constante.

            A abertura do evento acontecerá na quadra da escola, com diversas atividades que foram desenvolvidas no decorrer do projeto dentre elas: leitura diversificada, exposição dos livros e cantinhos da leitura.

O evento será organizado pelos professores/mediadores e equipe gestora da escola.

7-AVALIAÇÃO:

Desenvolvendo um processo contínuo de leitura o indivíduo é capaz de

tornar-se agente transformador na sociedade, contribuindo de forma crítica,

consciente e democrática.

É comum a socialização de experiências de leitura, compartilhando

preferências literárias, respeitando opiniões e gostos pessoais, sendo

significativa a prática da atividade.

            Aumento de concentração e atenção a cada encontro com a leitura. A proposta incidiu na leitura por prazer pelo fato de ser apresentada desvinculada  de outras atividades escolares( como , desenhos, colagens e outros)

            Envolvimento e gosto pela leitura, manuseio dos livros presentes na biblioteca itinerante e no canto da leitura.

 

8- REFERENCIA BIBLIOGRAFICA:






 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O BRINCAR: UM ESTUDO SOBRE A BRINQUEDOTECA NO MUNICIPIO DE CAMPO GRANDE – MS


O BRINCAR:
UM ESTUDO SOBRE A BRINQUEDOTECA NO MUNICIPIO DE CAMPO GRANDE – MS 
                                                                                                                                              Autora:

SANCHES, ROSEMEIRE RAMALHO

                Rosi.prof@oi.com.br

Orientador:

D’ÁVILA,Jorge Luis.


RESUMO

Esse artigo tem como objetivo discutir a respeito da organização da brinquedoteca no Centro de Educação Infantil (CEINF) José Ramão Cantero localizado no município de Campo Grande capital do estado de Mato Grosso do Sul (MS). Mais especificamente estudar o surgimento e o atendimento das crianças na briquedoteca e verificar se o acervo existente nesse espaço é suficiente para atender os alunos. O movem que nos instiga a feitura de tal trabalho parte das minhas inquietações a respeito da pouca utilização por parte dos professores da brinquedoteca do referido CEINF. Isso se comprova por meio das análises do horário de agendamento solicitado pelas professoras para a utilização desse espaço e também pela análise dos seus planos de aulas. Mediante a isso surgi algumas questões que pretendemos responder com o decorrer da pesquisa qual seja: Porque os professores não utilizam a brinquedoteca como um instrumento de ensino aprendizagem? Qual é a orientação da Secretaria de Educação de Campo Grande (SEMED) em relação à implantação e a utilização desse espaço nos (CEINFs). O trabalho se constitui em um estudo de caso onde, a coleta de dados foi feita por meio da análise dos planejamentos dos professores e também pelo horário de agendamento para a utilização da brinquedoteca. Além de um questionário contendo três perguntas abertas a respeito da compreensão que os professores possuem sobre esse espaço. Os autores que embasaram teoricamente nossa trabalho foram Friedmann [et al.] (1992), Kishimoto (2002), Santos (org) (1997), Ofele (2004), Pimenta (1996), Rocha (2000), Wajskop (1999) Silva (2002) Heinkel (2003) e Machado (2004). Até o momento constatamos que a brinquedoteca, apresenta objetivos essencialmente pedagógicos, deve ser um local para produção de brinquedos (com testes e análise) conter diversos brinquedos industrializados; sucatoteca, acervo de livros e videoteca; espaço para as crianças brincarem; profissionais (brinquedista) para acompanhamento das atividades e assessoria para o desenvolvimento das atividades.

METODOLOGIA

A metodologia de investigação aplicada no trabalho foi o estudo de caso por entender que essa estratégia de pesquisa é ideal para avaliar e descrever a situação do objeto delimitado. A coleta de dados foi feita por observações, registros fotográficos, questionário. A pesquisa foi realizada com os alunos do Pré I do Centro de Educação Infantil José Ramão Cantero. Sendo observadas 21 crianças de quatro anos a cinco anos no momento em que brincam na brinquedoteca e ainda as recreadoras juntamente com a Professora.  O critério utilizado para a seleção de inclusão das amostras de dados é de limitação empírica como bem afirma Thiollent (2007, p.126) “é relacionada a um quadro de atuação. Ainda realizamos uma entrevista com a responsável pelo agendamento da brinquedoteca para averiguar qual a situação dos brinquedos pedagógicos existentes no local e qual a freqüência que os professores planejam aulas nesse espaço.

RESULTADOS

Os resultados preliminares apontam que a maioria das educadoras pesquisadas ainda estão em processo de formação (curso superior) e que ainda não fazem formação continuada específica para a função que exercem, sentindo assim dificuldade em romper com algumas rotinas colocadas nos CEINF`s ( Centro de Educação Infantil) como higiene e alimentação, deixando de lado outros aspectos também importantes. Outros fatores marcantes são a falta de brinquedos, pois os poucos que existem foram adquiridos pelos

professores e/ou educadores, ou foram doados, e o longo tempo em que as crianças ficam em sala de aula dificultando a ampliação do conhecimento da criança. Ao analisar as respostas das professoras e as suas concepções sobre o brincar observou-se o seguinte: três professoras entendem que o brincar promove a interação da criança com o mundo, duas professoras vêem o brincar uma estratégia para aplicar conteúdos, uma professora acredita que o brincar desenvolve o psíquico da criança, três professoras acreditam que o brincar depende do que se pretende pode haver ou não um objetivo implícito. Com a desativação da brinquedoteca no decorrer da pesquisa as crianças passaram a ter contato somente com a brinquedoteca itinerante (o ônibus) que vem ao CEINF, porém não se sabe muito bem as datas de sua vinda. Diante desse fato foi preciso desenvolver um projeto que privilegiasse o brincar para suprir as necessidades daquele momento.

CONCLUSÃO

Estudos apontam que antigamente as brincadeiras estavam garantidas pelo espaço nas ruas, nos parques, nos quintais das casas. Hoje as crianças vêm perdendo aos poucos os espaços de brincar e desenvolver as suas brincadeiras e também de se expressarem. Se antes as brincadeiras de bola, pula cordas, jogar bolinhas de gude, pega-pega etc. aconteciam nas ruas e nas casas. Isso no dias atuais já não é mais possível. O grande motivo seria o avanço da criminalidade e violência contra a criança agravado pelo crescimento dos grandes centros urbanos os pais não tem mais tempo para brincar. Dessa forma os familiares se apóiam nos centros de educação infantil como um ambiente seguro onde ali recebem alimentação e educação, fatores básicos para um bom desenvolvimento segundo os pais. O que se pergunta é: Como proporcionar uma educação de qualidade sem perder vista o direito da criança de brinca e aprender de forma lúdica desenvolvendo a sua compreensão de mundo. É possível transformar o brincar em recurso pedagógico? Esta é uma pergunta feita pela maioria dos professores. Com certeza é preciso considerar a importância incontestável do brincar para as crianças e sobretudo que elas sejam respeitadas como seres pensantes de gostos e aprendizados diferentes. É evidente que os espaços de brincar devem ser pensados com e para elas, contudo o que se vê são crianças limitadas ao espaço da sala de aula com brinquedos que não atendem as necessidades reais das crianças. Portanto fica evidente que é preciso transpor as paredes dos Centros de Educação Infantil buscar conhecimentos através de pesquisas e estudos mais detalhados no que se refere à criança.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

CHIZZOTI, Antônio. Pesquisa Qualitativas em Ciências Humanas e Sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

FRIEDMANN, Adriana [et al]. O direito de Brincar: A brinquedoteca. São Paulo: scritta, ABRINQ, 1992.

HEINKEL, Dagma. O brincar e a aprendizagem na infância. Ijuí: Unijuí, 2003.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e Educação.São Paulo: Cortez, 2002.

LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2007. 6 ed.

LIMA, Terezinha Bazé de. Etapas que não podem faltar na metodologia da pesquisa ação. Campo Grande: IESF, 2008.

MACHADO, Marina Marcondes. A poética do Brincar. São Paulo: Loyola, 2004. 2ª ed.

SILVA, Daniele Nunes Henrique. Como brincam as crianças Surdas. São Paulo: Plexus, 2002.

OFELE, Maria Regina. La Inclusión desde el juego. Revista Espaço: Informativo

Técnico Cientifico do INES, Rio de Janeiro, v. semestral, p.48-52, jul/dez de 2004.

PIMENTA, Arlindo C. Sonhar, Brincar, Criar, Interpretar. São Paulo: Ática, 1986.

ROCHA, Maria Silva Pinto de Moura Limbrandi da. Não Brinco Mais: A

(des)construção do brincar no cotidiano educacional. Ijuí, RS: Ed.Unijuí, 2000.

WAJSKOP, Gisela. Brincar na Pré-Escola. São Paulo: Cortez, 1999.